quarta-feira, 13 de março de 2013

CÉSAR OVALLE FALA SOBRE SUA PROFISSÃO E RELAÇÃO COM O NX ZERO


César Ovalle nasceu em São José dos Campos, tem 32 anos, é formado em Rádio e TV na UMESP e cursou fotografia na Escola Panamericana de Arte em São Paulo. Já fez trabalhos para bandas como NX Zero, Jota Quest, Luan Santana, Sabonetes, Fake Number, Cachorro Grande, Pitty, Sugar Kane, Pull Down, Square, Poléxia, Valetes, The Gramophones, The Maine, Fiuk, e para muitas outras bandas e cantores. Na banda NX Zero ele dirigiu os clipes de “Espero a minha vez”, “Só Rezo” e “Onde estiver”, e fez as fotos das capas da maioria dos CD’s e DVD’s. O Site Wordless NX Zero entrevistou César Ovalle (ou Cesinha como ficou conhecido) para saber um pouco mais sobre seu trabalho como fotógrafo e sobre sua relação com a banda NX Zero, confira abaixo a entrevista.
1 – Desde quando você fotografa?
Profissionalmente falando é desde 2005.
2 – Você lembra qual foi sua primeira experiência como fotógrafo (primeiro emprego/trabalho)?
Acredito eu que foi fotografando algum show, mas realmente não me lembro qual, nem onde. Mas ganhando um dinheiro considerável mesmo (e fazendo algo que eu não estava acostumado) foi em um casamento que fiz em Curitiba em 2005 mesmo.
3 – Como você define seu estilo de fotografar?
Não sei te dizer se tenho algum estilo. Acredito que talvez eu enxergue realmente algumas coisas de uma maneira diferente de um ou de outro, mas até aí saber que estilo é esse já é demais pra mim hehe. Penso eu que fotografo de maneiras diferentes cada assunto. Se for um show por exemplo, tento buscar mais detalhes, emoções e uma maneira diferente de como o público vai enxergar na frente do palco. Já algumas fotos do cotidiano tento buscar coisas normais e retratá-las de uma outra maneira não muito convencional. Na real tudo vai variar também do estado de espírito que eu me encontro no momento.
4 – Desde quando você trabalha com a banda NX Zero? Como tudo começou?
Vai fazer já uns 6 anos se não me engano. Tudo começou quando eu morava em Curitiba e fotografava alguns shows deles por lá na época e eles sempre curtiam os resultados.
Fui convidado pelo Leandro pra na época fotografar a capa do primeiro DVD deles, mas por falta de tempo hábil não rolou que eu fotografasse, então o convite se estendeu para a próxima capa de disco – que no caso foi o “Agora”. Um belo dia eles apareceram por Curitiba pra fazer um show em um festival lá e me ligaram pedindo para que eu fizesse a foto da capa do novo disco (que já estava gravado e só faltavam as fotos e o nome), e foi assim, no susto e na correria que tudo começou a acontecer. Quando vi, já estava morando de novo em São Paulo e já estava como fotógrafo oficial deles. E até hoje acompanhando todos os shows que dá, fazendo alguns clipes e tentando ajudar em tudo que posso sempre – seja no que for.
5 – Quando você tem que fazer fotos “divulgação” da banda, é muito exigente em relação a como eles tem que se posicionar?
Depende muito da foto. Tem foto que você não precisa obedecer um layout, então vai criando a formação na hora e vai clicando do jeito mais espontâneo possível para não sair algo “forçado”. Existem fotos e fotos. Com o NX ZERO em específico eu sempre deixo fluir o máximo que posso, sem me interferir muito. A sessão que mais interferi talvez tenha sido a última, com as artes do “Em Comum”. Mas isso porque era algo mais planejado, tive que fazer as projeções antes e tudo mais. Mas, mesmo assim foi algo bem sutil. Eles já sabem exatamente como se portar para uma foto desse tipo e ao mesmo tempo eu já sei também o que posso esperar de cada um deles, então o resultado sempre sai fácil.
6 – Como é sua relação com a banda, por trás do profissionalismo existe uma amizade? Comente um pouco sobre isso.
Na real eu acho que sou mais amigo do que funcionário. A relação já é de tanto tempo e já passamos por várias coisas juntas que muitas vezes não consigo me enxergar como um simples funcionário. Acredito que isso seja recíproco também, que eles não me enxerguem somente como o fotógrafo, mas sim como um amigo que é o fotógrafo.
Vale lembrar que isso pra mim é essencial, porque acaba me ajudando muito em conseguir fotos melhores, a intimidade torna tudo mais sincero.
7 – Qual recado você deixaria para os fãs do NX Zero? (Que além de fãs da banda também são seus fãs, pois admiram seu trabalho).
Que continuem dando força para aquilo que eles acreditam (e em quem eles acreditam), e que ao mesmo tempo corram atrás dos sonhos que tenham. A vida só é completa quando conseguimos nos completar. Obrigado!


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